Nunca, nunca, a obra de arte se
destina às novas gerações...
“Aceito mal o que em arte se
designa por inovador. Deverá uma obra ser entendida pelas
gerações futuras? Porquê? Que quererá isto dizer? Que elas poderão utilizá-la? Em quê? Não vejo bem. Já vejo melhor – ainda que muito obscuramente – que toda a obra de arte que pretenda atingir os mais altos desígnios deve, com paciência e uma infinita aplicação desde início, recuar milénios e juntar-se, se possível, à imemorial noite povoada pelos mortos que irão reconhecer-se nessa obra.
Nunca, nunca, a obra de arte se
destina às novas gerações. Ela é oferenda ao inúmero povo dos mortos.”
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